MANIFESTAÇÕES, DEMOCRACIA, MANIPULAÇÃO (2)

 Valter de Oliveira

No artigo anterior mostramos as ligações do MPL (Movimento Passe Livre) com os movimentos globais da esquerda e com o PT. Ressaltamos a ingenuidade daqueles que viram nos movimentos de rua apenas um movimento autônomo, totalmente desvinculado dos partidos políticos.

É verdade que os grupos de esquerda não esperavam que amplos setores da sociedade saíssem às ruas para protestar contra a classe política em geral, inclusive os partidos de esquerda. Ou principalmente contra eles. Partidos que, há um bom tempo, ocupam os principais cargos da nação.

Também procuramos mostrar que o homem comum precisa ser cada vez mais vigilante em relação a todos os tipos de manipulação.

É preciso que todos os que estão preocupados com a existência de uma verdadeira democracia conheçam e vivam os princípios que realmente levam ao bem comum.

Não podemos esquecer tampouco que existem os arautos da cultura da morte defendida de modo monolítico por todos os partidos de esquerda do Brasil. Dos moderados aos radicais. E aí se inclui também o PSDB.

Basta ler o que eles escrevem.

A questão é que lemos pouco. Também somos ingênuos. É difícil aceitar que há quem queira  impor à sociedade uma agenda totalmente anticristã.

Não acreditam? Basta entrar na internet e pesquisar os objetivos do PT, PCdoB, PSol,  PCO e companhia.

Em seus sites estão seus objetivos e estratégias.

O PT, por exemplo, na cartilha “Metodologia e Diretrizes de Programa de Governo” para as eleições municipais de 2012 ufana-se de sua luta em favor da dissolução dos valores morais cristãos para substitui-los pela defesa da agenda GLBT. No ponto 7.3. mostra como é importante “analisar os adversários” a fim de “definir ações de campanha a partir desta análise que reforcem os pontos fracos e minimizem os fortes”.

Muita gente, entretanto, em vez de procurar entender a lógica revolucionária procura discutir qualidades ou defeitos dos políticos individualmente. Pensa que a discussão deve ser feita em relação ao que é dito por Lula ou Dilma, Fernando Henrique ou Marina. Como se não houvesse grupos, ideologias ou interesses por trás deles.

Assim agiram alguns bispos que em manifesto defenderam Dilma das críticas do movimento pró-vida. Ela agradeceu e reiterou que nada faria para aprovar o aborto.

Deu no que deu. No final do último mês de julho aprovou o projeto votado em surdina no Congresso. Em nome de uma pretensa defesa da mulher contra a violência.

Voltemos às manifestações. Nelas,  o que realmente foi pedido?

Saúde, Educação, Transporte, Segurança, Honestidade.

E o que a presidente e o PT ofereceram como resposta ao que de legítimo e saudável tivemos nas manifestações populares?

Reforma Política! Plebiscito, Referendo, Constituinte específica, etc, etc…

Ou seja, proposta de reforma do PT de 2007!

Que trata de assuntos que nem os universitários conhecem… E que muitos nem querem conhecer.

Terminamos lembrando as palavras de Cristo: “Quem de vós, se vosso filho pedir pão lhe dará uma pedra, ou se pedir peixe lhe dará uma serpente?”

Nós sabemos.

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