SOM DA LIBERDADE: NOTAS QUE ROMPEM O SILÊNCIO

Paulo Henrique de Oliveira

O cinema tem o poder de nos transportar para mundos desconhecidos, fazer-nos sentir uma ampla gama de emoções e, ocasionalmente, nos desafiar a refletir sobre questões profundas da condição humana. Como bem diz Jim Caviezel, ator principal do filme, nos comentários finais, o cinema não tem interrupções. É um momento único para mergulharmos em uma história e ouvir o que se tem a dizer. Estamos acostumados a ir ao cinema para desfrutar e espairecer. Não é o caso aqui. Esse é um filme para refletir e para gerar mudanças internas em nós e na sociedade. É o “Som da Liberdade”. Esta obra cinematográfica não apenas nos oferece uma narrativa comovente, mas também nos convida a examinar a sociedade em que vivemos e a essência da nossa humanidade.

No centro dessa história está o Agente da Segurança Nacional Tim Ballard, interpretado de forma brilhante por Jim Caviezel, conhecido por interpretar o Conde de Monte Cristo e Jesus, em a Paixão de Cristo. Tim é um homem cuja vida foi consumida pelo seu trabalho como caçador de pedófilos. Ele já capturou mais de duzentos criminosos desse tipo, mas o preço que pagou por essa busca incessante é alto. Sua alma está estilhaçada e a ausência de resgates bem-sucedidos de vítimas o atormenta. Tim é um herói relutante, alguém que enfrenta a escuridão mais profunda da humanidade em busca de um vislumbre de esperança e cuja estrela-polar que o mantém no rumo é a sua família.

O filme ganha impulso quando Tim se depara com o resgate de um menino cujo próprio nome foi roubado e cuja irmã também foi sequestrada por traficantes sexuais, após um esquema pérfido em que enganaram diversas famílias com a promessa de que as crianças seriam modelos. A princípio, pode parecer uma história sombria e perturbadora, mas é, na verdade, uma narrativa sobre o amor inquebrantável entre irmãos. É uma jornada de esperança, uma busca incansável pela liberdade, não apenas física, mas também emocional.

“Som da Liberdade” aborda temas pesados, como tráfico de crianças, exploração sexual, crueldade e maldade. No entanto, o filme vai além desses temas sombrios. Ele nos convida a refletir sobre a importância do arrependimento, da busca pela reparação, da inocência, que é abruptamente substituída pelos sons da busca pela liberdade. Através de sua narrativa poderosa, o filme nos lembra que todos nós temos a responsabilidade de proteger os mais vulneráveis e de lutar contra as injustiças do mundo. Mostra-nos também que um homem bom, nunca está sozinho. Sempre aparecem aqueles com coragem de apoiá-lo.

Eduardo Verástegui e Jim Caviezel

Não se trata apenas de passar um par de horas no cinema. Não se trata de sentir-se bem consigo. Pelo contrário. “Som da Liberdade” é um grito desesperado por ajuda, um apelo à nossa humanidade individual e coletiva. Os produtores e atores dedicaram-se profundamente a essa obra, sofreram por anos para conseguir superar os obstáculos de quem não queria que isso viesse à tona e esse processo transparece em cada cena. Eles nos lembram que os filhos de Deus não estão à venda, que cada vida é preciosa e que cabe a cada um de nós agir e ouvir esse som da liberdade.

Em última análise, “Som da Liberdade” não é apenas uma questão de pais e mães, mas uma questão humana. É um convite para ouvir e responder ao som da liberdade dessas crianças que pedem nossa ajuda, porque todos nós, como membros da sociedade, compartilhamos a responsabilidade de proteger e cuidar uns dos outros. Este filme nos desafia a reconhecer a escuridão que age no mundo, mas também a abraçar a luz que ainda e sempre brilha, oferecendo esperança em meio às circunstâncias mais atrozes.

É uma obra que nos instiga a agir e a fazer do mundo um lugar melhor para todas as crianças, pois se nada fizermos, cedo ou tarde essa rede de crime também baterá às portas das famílias que hoje se sentem protegidas. A produtora do filme, a Angel Studios, inclusive, rompeu uma vez mais com o habitual e criou uma bela campanha, para que cada um de nós possa doar um ingresso para que alguém sem recursos possa assistir ao filme e assim, ouvir o que esses irmãos têm a nos dizer.  Portanto, assistir a “Som da Liberdade” não é apenas entretenimento; é um chamado à ação e um lembrete de que somos todos responsáveis pela busca da liberdade e da justiça, e que nossas lágrimas são um testemunho silencioso desse compromisso. Este filme nos leva a pontos de profunda emoção, onde o público inevitavelmente derramará lágrimas. Mas é importante entender que esse choro também é o som da liberdade que escorre pelos nossos rostos. São lágrimas de compaixão, de indignação diante das injustiças, e de esperança de que, ao enfrentarmos as trevas, indubitavelmente encontraremos a luz que nos guiará adiante e o som que agora ouvimos como um sussurro, eclodirá em nossas almas.

Para assistir ao trailer do filme, doar ou solicitar ingressos acesse:

Trailer oficial do filme

A música oficial do filme Som da Liberdade

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